No meio do caminho!

O tempo anuncia a chegada da chuva. O vento traz o cheiro de terra molhada, mesmo não havendo terra no meu quintal! Os trovões anunciam que ela está próxima, mas o tempo não me mostra com exatidão quando será sua chegada!

Eu me preparo!

Olho pela janela, sinto o vento batendo no rosto e os primeiros pingos começam a cair. Mas eles caem timidamente e não conseguem matar a sede daqueles que necessitam da chuva para se refrescar.

E de repente ela vai embora!

Eu olho pela janela novamente e fico com o sentimento de frustração por não ter podido me banhar na água que caiu do céu, mas com a esperança de que ela caia com mais força, pois os trovões continuam cantando sobre a minha janela.

O tempo vai passando e eu continuo esperando ela voltar.


Para minha alegria ela volta com mais força do que quando caiu pela primeira vez... Mas agora eu não tenho a mesma vontade que tinha antes, mas ainda sim quero senti-la! Só que por algum motivo eu já não penso em me banhar só por causa da pureza que ela vai me proporcionar, penso em me banhar na ânsia de que ela te traga junto com o vento ou que este mesmo vento possa levar a minha vontade de você, até você!

Mas se ela não puder te trazer, nós podemos no encontrar, nem que seja no meio do caminho!